Em fins do século XVIII, um novo ramo da física fascinava os pesquisadores: a eletricidade. Era estranho que dois corpos pudessem atrair um ao outro só porque tinham sido friccionados, gerando aquele "fluido misterioso" chamado eletricidade.
Para a sociedade de então, eram experiências que lembravam a magia; mas os físicos desconfiavam que o estudo de tais fenômenos, que pareciam ser governados por leis bem determinadas, abriria caminho a novos conhecimentos, vastos e interessantes. Já vislumbravam relações entre os fenômenos elétricos e a química, porquanto a eletricidade parecia favorecer determinadas reações ou dissociações de compostos, entre eles a água.
As experiências, contudo, apresentavam grandes dificuldades, principalmente porque só se sabia produzir eletricidade friccionando dois corpos entre si. Com essa operação, de fato, se obtém a separação de cargas elétricas superficiais, ou seja, um dos corpos passa a ter elétrons em excesso e no outro há falta deles. A diferença de eletrização resultante (negativa no primeiro e positiva no segundo) é demonstrada pela atração que se verifica entre os dois corpos.
Na época, ainda não se havia conseguido produzir a eletricidade de modo constante, com corrente fluindo continuamente através de um condutor. Existiam máquinas eletrostáticas rudimentares que serviam apenas para um número limitado de experiências. Ademais, para medir a quantidade de eletricidade com que se faziam as experiências, usavam-se procedimentos pouco sensíveis, capazes de medir cargas elétricas apenas quando estas fossem grandes. As quantidades pequenas de carga fugiam à capacidade de medida da época.
Foi Alessandro Volta, físico italiano, quem aprofundou os estudos dos fenômenos elétricos e conseguiu gerar eletricidade por meio de reações químicas. Construiu um estranho aparelho com moedas de cobre, discos de zinco e discos de feltro banhados com uma solução ácida, que servia para produzir com continuidade um movimento de cargas elétricas através de um condutor. Esse aparelho, chamado pilha porque as moedas de cobre, os discos de feltro e os discos de zinco eram empilhados uns sobre os outros, descortinava novos horizontes à pesquisa dos fenômenos elétricos, permitindo a realização de novas experiências.
Foi Alessandro Volta, físico italiano, quem aprofundou os estudos dos fenômenos elétricos e conseguiu gerar eletricidade por meio de reações químicas. Construiu um estranho aparelho com moedas de cobre, discos de zinco e discos de feltro banhados com uma solução ácida, que servia para produzir com continuidade um movimento de cargas elétricas através de um condutor. Esse aparelho, chamado pilha porque as moedas de cobre, os discos de feltro e os discos de zinco eram empilhados uns sobre os outros, descortinava novos horizontes à pesquisa dos fenômenos elétricos, permitindo a realização de novas experiências.
Após este passo, pouco tempo bastou para que as relações entre as correntes elétricas e os campos magnéticos fossem descobertas. Para isso foi também de grande auxílio outra invenção de Volta: um dispositivo que permitia medir quantidades minúsculas de eletricidade estática.
A contribuição de Volta para o progresso da Ciência foi realmente notável, especialmente considerando ter sido um autodidata. Não se dedicou somente à eletrologia, mas se interessou profundamente na solução de diversos problemas industriais.
Alessandro Volta nasceu em Como, uma pequena cidade próxima de Milão, na Itália, em 18 de fevereiro de 1745. Era o sexto dos sete filhos do Conde Filippo Volta e da Condêssa Maria Madalena, que o enviaram para passar a infância numa localidade próxima, Brunate, entre pessoas de pouca cultura.
Alessandro Volta nasceu em Como, uma pequena cidade próxima de Milão, na Itália, em 18 de fevereiro de 1745. Era o sexto dos sete filhos do Conde Filippo Volta e da Condêssa Maria Madalena, que o enviaram para passar a infância numa localidade próxima, Brunate, entre pessoas de pouca cultura.
Parece ter sido esta a razão pela qual, segundo seus biógrafos, teve um desenvolvimento muito lento, tanto que só teria começado a falar com sete anos, para grande preocupação de seus pais. Mas nos anos de silêncio, sua mente não perdeu tempo. Bem cedo o jovem Alessandro revelou uma indomável vocação para os estudos das ciências naturais, a ponto de utilizar qualquer papel que lhe viesse as mãos para fazer um registro de suas observações, levadas a efeito, as vezes, em lugares perigosos (aos doze anos pensou ter descoberto um filão de ouro num rio e, para segui-lo, quase se afogou).
Com a morte do Conde Filippo Volta, a família fica em situação econômica difícil, e o jovem Alessandro vai viver com um tio. Já era tempo de pensar no futuro: o tio quer fazê-lo estudar Direito; um professor aconselha a carreira eclesiástica. Porém, a escolha definitiva é feita pelo próprio Alessandro, que se decide pela física.
Com a morte do Conde Filippo Volta, a família fica em situação econômica difícil, e o jovem Alessandro vai viver com um tio. Já era tempo de pensar no futuro: o tio quer fazê-lo estudar Direito; um professor aconselha a carreira eclesiástica. Porém, a escolha definitiva é feita pelo próprio Alessandro, que se decide pela física.
Com apenas dezesseis anos abandona o Colégio dos Jesuítas, em Como, e prossegue seus estudos sozinho, com a assistência do Cônego Gattoni, um amigo que lhe ensina os primeiros rudimentos da física e põe a sua disposição os aparelhos necessários às experiências. Com dezoito anos, Volta marca sua primeira presença: escreve uma carta ao físico G.A. Nollet, na qual exprime sua convicção de que os fenômenos elétricos podiam ser atribuídos a forças de atração de tipo semelhante àquelas gravitacionais, já descritas por Newton. Com ela demonstrava já estar amadurecido para tratar de questões bem mais profundas.
O estudo é uma atividade fascinante, mas nem sempre proporciona meios adequados de subsistência, Volta precisava encontrar uma atividade remunerativa para poder continuar suas pesquisas. Mesmo sem possuir títulos escolares adequados, suas experiências e estudos o haviam feito famoso em toda a Europa. E, ainda, estudando sozinho, havia aprendido latim, francês, alemão e inglês, sem deixar de lado uma boa cultura básica de física e matemática.
Considerou adequada a seus interesses a carreira didática e recorreu, então, a Carlo di Firmian, governador da Lombardia austríaca, para obter um emprego. Conseguiu inicialmente a nomeação para docente substituto, depois a de regente e, finalmente a de professor de física experimental nas escolas de Como - sem mesmo precisar defender tese - recebendo um salário igual ao de um professor veterano.
Em 1775, Volta inventa o eletróforo (aparelho com seu nome, atualmente), que promove a eletrização de condutores e possibilita obter altas tensões aproveitando o princípio de funcionamento do condensador, ou seja, o fenômeno de indução eletrostática. Para garantir a prioridade, comunicou a invenção a Priestiev, Na época era uma necessidade tornar conhecidos os resultados dos próprios estudos a alguém importante e famoso, pois ainda não existia o serviço de publicações, com que hoje conta um pesquisador. Uma carta a um cientista significava assegurar a prioridade de uma descoberta e receber críticas e comentários úteis para levar avante pesquisas posteriores.
No ano seguinte anuncia a invenção do eudiômetro (que ainda hoje é lembrado com seu nome). Neste aparelho provoca-se a reação entre compostos gasosos por meio de um centelha elétrica - invenção que prenunciava o advento do motor a explosão, atual, no qual o oxigênio e o hidrogênio de Volta são substituídos, respectivamente, pelo ar e pelos vapores de um combustível. Hoje, tal aparelho é encontrado nos laboratórios das escolas para demonstrar a lei com que se unem hidrogênio e oxigênio para formar a água. Mas naquela época servia para demonstrar a validade das leis das proporções definidas e para estudar as leis dos gases. De fato, Volta determinou a lei segundo a qual um gás se dilata quando é aquecido, participando, com Gay Lussac, das glórias da observação.
Em 1776, descobriu o metano, gás que havia, visto emanar em fermentações subaquáticas dos pântanos. Tais estudos tornaram-no ainda, mais famoso e abriram caminho, em 1779, para a Universidade de Pávia, onde foi ensinar. Em 1785, seis anos depois, os estudantes daquela universidade o elegeram reitor, de acordo com o costume da época.
Em 1776, descobriu o metano, gás que havia, visto emanar em fermentações subaquáticas dos pântanos. Tais estudos tornaram-no ainda, mais famoso e abriram caminho, em 1779, para a Universidade de Pávia, onde foi ensinar. Em 1785, seis anos depois, os estudantes daquela universidade o elegeram reitor, de acordo com o costume da época.
Em seus primeiros anos de atividade em Pávia, Volta teve a oportunidade de realizar muitas viagens pela Europa, durante as quais ampliou seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, tornou-se bastante conhecido. Foi um homem dotado de elevado sentido prático, que o levou a se interessar sempre por problemas industriais. Sugeriu a fabricação industrial das vacinas, compreendeu e procurou difundir a importância do amianto para a indústria, promoveu a difusão da cultura controlada do bicho-da-sêda e tentou racionalizar o cultivo do lúpulo e da batata.
A pilha elétrica
A invenção da pilha - chamada então "órgão elétrico artificial", porque a eletricidade era gerada por um artifício e não pelo trabalho humano - data de 1800. A primeira pilha era constituída por diversos recipientes contendo uma solução ácida . Os conteúdos eram interligados em série por arcos feitos de dois metais (cobre e estanho ou então cobre e zinco, um em cada extremidade do arco). Mais tarde, Volta criou um dispositivo mais compacto empilhando alternadamente discos de cobre e de zinco intercalados com feltro embebido em solução ácida.
Esta descoberta tornou-o definitivamente uma celebridade: em 1801 foi recebido por Napoleão, que desejava ver o aparelho. Recebeu posteriormente do imperador a nomeação de senador e depois conde do reino da Itália. Sua vida, então, transcorria tranqüila As raras polêmicas, inevitáveis entre estudiosos, limitavam-se a divergências superficiais. Os acontecimentos políticos não o interessavam: ignorou os movimentos separatistas, aceitou a cidadania austríaca, embora considerasse como pátria somente a cidade de Como e as regiões adjacentes.
Em 1819, com 74 anos de idade e já sentindo que sua capacidade inventiva estava esgotada, retirou-se da vida ativa para. morar em Cammago, onde morreu em 1827.
Esta descoberta tornou-o definitivamente uma celebridade: em 1801 foi recebido por Napoleão, que desejava ver o aparelho. Recebeu posteriormente do imperador a nomeação de senador e depois conde do reino da Itália. Sua vida, então, transcorria tranqüila As raras polêmicas, inevitáveis entre estudiosos, limitavam-se a divergências superficiais. Os acontecimentos políticos não o interessavam: ignorou os movimentos separatistas, aceitou a cidadania austríaca, embora considerasse como pátria somente a cidade de Como e as regiões adjacentes.
Em 1819, com 74 anos de idade e já sentindo que sua capacidade inventiva estava esgotada, retirou-se da vida ativa para. morar em Cammago, onde morreu em 1827.
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